Nossa comunidade Agile trouxe profissionais mais do que galácticos e acelerou assuntos incríveis. Foi uma semana inteira com temas importantes e pontos de vista extremamente inovadores. Se você não viu ou </ esteve com a gente e quer relembrar > aqui estão os highlights de cada um dos dias.
dia 01
Management 3.0
Isabel Coutinho e Rafaela Sampaio
“Management 3.0 é sobre de agilidade, liderança e pessoas. É um modelo de gestão colaborativa e humanizada. Para muitos, é a essência da vida.”
“As empresas funcionam como uma comunidade e as pessoas fazem parte desse sistema. A liderança está ali para extrair o melhor de cada um, para que assim todos trabalhar com foco no resultado. É importante que os líderes incentivem o time, apoiem, entendam que o liderado terá dias de altos e baixos e, principalmente, estejam disponíveis.”
“Disponibilidade é uma palavra muito importante para este assunto.
Ser líder exige contrariar a vontade das pessoas, mas sempre pensando em um bem maior. É importante passar sempre segurança, que em muitos casos as vezes não se tem, uma equipe precisa ter segurança em relação ao seu líder.”
“Tudo o que é feito é sobre pessoas. É preciso energizá-las, empoderá-las, desenvolver competências.”
“Importante sempre entender que trabalhar com pessoas é vivenciar dias bons e outro não tão bons. Não é possível separar o colaborador da pessoa física. É a mesma pessoa. E é preciso conhecer os liderados, quais são seus pontos fortes, pontos de melhorias, se é um trabalho que gosta ou se deseja aprender algo novo.”
“12 passos para a felicidade: hoje temos etapas que podem ajudar um líder e um liderado a ser mais feliz e produtivo. Um deles é a meditação: meditar regularmente reconfigura nosso cérebro para elevar os níveis de felicidade. Surpreendentemente, somente alguns minutos por dia são suficientes para desenvolver a calma interior, o foco e a concentração.”
“Kudo Cards: consiste basicamente em uma prática onde as pessoas podem reconhecer, através de cartões, os comportamentos umas das outras. Assim, há um aumento no nível de engajamento e inspiração dos colaboradores. Receber um reconhecimento libera dopamina.”
“Felicidade leva ao sucesso: antes de tudo, é preciso sempre cuidar das nossas emoções positivas, pois elas refletem no sucesso do ambiente de emprego.
Virtudes e forças de caráter: são as partes positivas de sua personalidade que afetam como você pensa, sente e se comporta. É a essência de cada um. Essas forças nos conduzem para uma vida mais plena e saudável.”
“Vieses inconscientes: são pressupostos, crenças ou atitudes aprendidas das quais não estamos necessariamente cientes. Nosso cérebro trabalha 90% de forma inconsciente. É importante para liderança, como pessoa, tomar bastante cuidado.”
“Como evitar vieses inconscientes?
Com auxílio de leitura e livros sobre o tema.
Em comunidades de minoria e inclusão.
Trabalhando nosso cérebro para desvencilhar algumas crenças.
Buscando pessoas na organização pra compreendermos sobre a temática.”
“Neuroplastia: é a capacidade que o cérebro tem de aprender e se reprogramar. Precisamos sempre aprender coisas novas, desenvolver novas habilidades.”
“Segurança psicológica: a segurança psicológica diz respeito a um ambiente detentor de um clima no qual as pessoas se sentem confortáveis para falarem as suas opiniões, compartilharem experiências e ideias. Dessa forma, todos podem interagir, aprender, sentir que pertence e ter espaço para se expressar. É o alicerce de tudo, confiança, estar próximo. “
:: Dicas para quem quer começar?
Procure em sites.
Livros sobre o tema, como o “Liderança pela felicidade”.
Cursos, podcasts, vídeos Youtube _
:: Como convencer meu líder a adotar o management 3.0?
Comente sobre o tema.
Pratique com seu time.
Dê exemplos.
Mostre na prática alguns resultados.
Leve alguma ferramenta, mesmo como um liderado, convide seu líder a testar.
Gere insights _
dia 02
agilidade organizacional_
Natalia Manha
“Empresas tradicionais dividem seus funcionários em áreas. Cada uma delas colabora com um pedaço para atingir determinada meta e a entrega final é uma soma desses resultados.”
“Atualmente, com a maturidade digital em avanço, as organizações têm utilizado os métodos ágeis como vantagem competitiva para perseguir um resultado de negócio, e não só como um jeito rápido de cumprir tarefas. Essa maturidade não é medida apenas pelo número de equipes rodando Scrum, mas sim pela capacidade que as organizações têm em se adaptar rapidamente às mudanças.”
“Agilidade organizacional diz respeito a uma adaptação evolutiva rápida, contínua e sistemática para que a inovação empresarial esteja sempre voltada a oferecer bens e serviços, atendendo às demandas dos clientes e ajustando-se às mudanças do mercado em um ambiente de negócios, apoiado por pessoas e recursos.”
“Uma empresa ágil precisa, antes de tudo, aceitar que a agilidade é um sistema complexo e exige adaptabilidade nestes processos, bem como assumir riscos. O comportamento do conjunto pode não ser previsível. As interdependências que existem entre áreas e times são complexas e difíceis de entender.”
“A responsabilidade dos agilistas está em criar conhecimentos relevantes para o contexto do negócio e desenvolver a capacidade de compreensão destas informações em toda a organização.”
“Insegurança, ambiguidade, complexidade do problema. Todos representam fatores de risco que podem surgir numa tomada de decisão. Isso requer que os processos sejam revistos em ciclos mais curtos, mais ágeis, sempre pensando nas entregas de valor incremental.”
“Trabalhar inteligência organizacional, serve para todas áreas. E é preciso entender alguns pontos, como o processo de adquirir informações, perguntando o que já se sabe sobre o produto e o que ainda é preciso saber. Na sequência, é preciso processar, saber como tornar as novas informações mais recuperáveis e como garantir que sejam disseminadas para as pessoas certas durante o processo decisório e se existe alguma tecnologia que possa melhorada na tomada de decisões.”
“É primordial trazer para a conversa pessoas de diferentes backgrounds e que contribuam com seus olhares para implementar a agilidade no dia a dia, focando sempre em colaborar para a melhoria contínua e incansável.”
“Esta ideia traz outro ponto importante: a cultura. Esse cotidiano só é possível quando feito por pessoas motivadas e capacitadas. Por isso a importância de criar um espaço seguro para pessoas diversas e um ambiente que promova a inovação.
Melhorar a inteligência e agilidade organizacional é essencial para começar a implementar e manter este pensamento ativo.”
dia 03
fluxo upstream_
Caco Mafra
“Upstream. Essa palavra não era muito comum há algum tempo. Afinal, gestão de fluxo era sempre sobre execução e entrega. Hoje, podemos resumir tudo em 04 tópicos: entender as necessidades, antecipar problemas, modelar soluções e criar soluções.”
“Muitas vezes, queremos um fluxo detalhado e é importante entender pra onde está indo o foco: se é para a solução ou para o problema. Quem foca na solução, está mais adiante na descoberta e está mais adiantado em relação ao resultado final esperado. Porém, mais limitado. Com o foco no problema, o analista traz as maiores, melhores e mais criativas soluções. Mas, não tem problema em ter modelos de negócios com foco na solução.”
“Nem tudo que entra como necessidade vai ser atendido e nem tudo que entra como problema vai ser resolvido. E com o fluxo, podemos fazer uma melhor análise do que seguir, entendendo e priorizando o que pode ser feito no momento.”
“É importante o compromisso com a entrega da solução. Temos um fluxo a ser seguido e vários momentos a serem cumpridos, como triagem, aprovações e análise da equipe até chegar ao desenvolvimento. De forma geral, temos dois pontos de compromissos: um é quando a empresa decide investir naquele problema, já que há uma decisão financeira; e o outro é feito de fato antes de começar a desenvolver as soluções.”
“O foco vai estar sempre em otimizar o time to Market, encontrando uma solução enxuta e depois construindo tudo de forma efetiva, mais clara e com menos riscos. Um upstream que entrega opções além da capacidade de vazão do downstream, acaba por gerar um backlog muito extenso onde algumas demandas se tornam obsoletas enquanto aguardam serem atendidas.”
“Contrário ao cenário anterior, pode ocorrer também do time no downstream conseguir dar vazão as demandas além da capacidade de gerar novas opções do time no upstream. Isso gera variação no ritmo de entrega, já que normalmente o time no downstream interrompe sua operação para dar apoio ao upstream, resultando em falta de previsibilidade.”
“Upstream sempre terá descarte, o que é visto como uma arte de maximizar a quantidade de trabalho não feito. Para decidir o que priorizar, entendemos as etapas do funil identificando o que de fato tem baixo valor e baixa certeza e o que tem alto valor e alta certeza.”
“O ideal é gerir o upstream/discovery com um propósito de reduzir riscos, olhando quais são os custos de voltar atrás para mitigar dúvidas e entrar com mais certeza na solução. Quanto mais riscos tivermos, menos linear esse fluxo será.”
“Finalmente, uma análise importante é o tempo e a idade em cada etapa do Upstream. Essas medidas viram uma informação valiosas e que geram conversas e insights sobre um possível descarte ou avanço.”
“Em resumo, a regra de ouro é: um fluxo estável de demandas junto de um fluxo estável de trabalho gera um fluxo estável de entrega.”
dia 04
potencializar as atividades da organização com atividades colaborativas_
Mayra Souza
“Colaborar é trabalhar juntos, com o propósito de um objetivo único somado à intenção de co-criar. A liderança precisa apoiar, fazer frente para que haja essa colaboração, sendo um papel essencial ao processo. Cada linha do manifesto ágil se traduz em colaboração e pessoas.”
“O objetivo de uma organização é engajar as pessoas através da produtividade. Use seu tempo para entender como tornar a organização engajada por si só e a produtividade vem por consequência. Para começar, teste um desses tipos de atividades de formação e desenvolvimento de times de acordo com o que a sua organização mais precisa no momento. Cada um deles sugere modelos para alcançar diferentes objetivos:
– Team Bonding: cria laços de maneira informal;
– Team Building: transforma o time em uma unidade;
– Team Workflow: melhora o fluxo de trabalho;
– Team Rules: estipula regras, padrões e níveis de permissões.”
“Equipes que trabalham as atividades de colaboração ganham maior sinergia e inovação, já que todos se unem em prol de um problema. A partir da troca de informações, temos a vantagem de considerar e dar atenção à gestão do conhecimento, com trocas que compartilham vivências, memórias, experiências.
Devemos sempre dar protagonismo à Inteligência e criatividade das pessoas. Com isso, a gente cria um ambiente orientado à confiança, antes mesmo de ser orientado aos resultados.”
“Quando falta confiança, surge medo do conflito, fuga da responsabilidade, falta de comprometimento. Por isso, criar uma segurança psicológica é consequentemente aumentar o desempenho da equipe e das pessoas. Atuando com atividades colaborativas criamos confiança, para termos conflitos saudáveis, comprometimento, foco na responsabilidade e dando atenção aos resultados.”
“Quando estamos em um estado de flow, estamos focados e felizes. Isso irá alimentar as equipes nesse momento em que estamos atualmente. Um estudo de Harvard aponta que as organizações com alto nível de felicidade obtêm uma vantagem competitiva que resulta em: +37% em vendas, +31% na produtividade e +300% em inovação (não é um erro de digitação, realmente existe um 0 a mais!).”
“Somos seres humanos e precisamos ter momentos de equilíbrio na empresa, inclusive nos modelos atuais de trabalho distribuído.”
“Uma das práticas é conhecida como playfulness, onde se desenvolve uma maneira de encarar o trabalho de forma mais leve. É usado para combater os efeitos do mundo VUCA e o mundo BANI, uma combinação de fases que resume bem o que o mundo está passando agora. Devemos nos concentrar na pessoas, fazendo sempre a auto-reflexão: como posso deixar isso mais leve, mais divertido? ”
“O melhor é termos sempre um ambiente saudável, divertido e com momentos alegres, focando em: subir no escorregador para ter uma descida incrível.”
“5 motivos para adotar este método:
– É o componente essencial da natureza humana – e uma das melhores partes;
– Possibilita o aumento de produtividade individual e em grupo;
– É a chave guia em um mundo de constantes mudanças;
– Ajuda a criar um mindset de possibilidades onde elas não pareciam existir;
“Para facilitar o processo, algumas dicas podem ser seguidas, como não forçar a participação, estar flexível para a mudança, fazer a gestão do tempo, fazer um acordo com as regras da dinâmica, coletar feedback, impacto gerado e depoimento.”
“Uma gestão melhor significa engajar as pessoas, melhorar o sistema como um todo. É preciso usar o tempo para tornar a organização um sistema que engaja as pessoas. A partir daí, teremos um foco maior no ser humano com pessoas mais produtivas em todos os níveis da empresa, desde funcionários até os clientes atendidos.”
Protagonismo + engajamento = felicidade
“Uma organização adaptativa só responde às mudanças, enquanto uma organização transformacional prospera com as mudanças.”
dia 05
previsibilidade_
Rodrigo Oliveira
“Quando ficará pronto?
Esta é uma pergunta feita com uma grande frequência a quem está desenvolvendo algum projeto ou demanda.”
“Um dos alicerces para o assunto previsibilidade é entender a Teoria das Filas, é saber mais sobre a relação de três variáveis: lead time, trabalho em progresso e vazão. É uma relação de médias e de variáveis que possuem uma natureza distinta.”
“Um outro processo importante é a Teoria das Restrições, onde vemos que o processo tem a velocidade dos seus gargalos. Se para qualquer processo de trabalho existe um gargalo ou restrição – e se isso é uma regra – como fazer para que isso seja resolvido?”
“Para começar a resolver essas questões é preciso entender alguns pontos fundamentais:
1. O primeiro se trata da “estatística básica”, para fazermos uma análise mais completa.
2. Outro ponto a ser compreendido é o “lead time”, já que ele não é somente um valor, ele é uma probabilidade.
3. Na sequência temos o throughput ou vazão. Ele mostra quantos itens serão entregues em determinado período.
4. E por último, o “trabalho e progresso”, que é todo trabalho comprometido não entregue. Para acompanharmos esta métrica, precisamos seguir o “agin wip”, que é o somatório do tempo em progresso dividido pela quantidade de itens.”
“Uma métrica também a ser analisada é a eficiência de fluxo. Através dela, sabemos quanto do lead time é gasto com tempo trabalho. É sempre bom lembrar que não é incomum que as equipes que nunca mediram o lead time tenham uma eficiência de fluxo inicial na faixa de 15%. É preciso seguir a tendência, acompanhando se está acontecendo um crescimento.”
“É importante sempre pensar o quão errado estamos ou quão certos estamos. Afinal, ao invés de produzir algo de valor, você pode estar desperdiçando seu tempo. Dessa forma, algumas vulnerabilidades podem ser evitadas para tornar o processo mais reduzido, com filas ocultas, alta variabilidade no processo, quebrar as premissas da Lei de Little e multitarefa ou troca de contexto.”
Gostou e bateu aquela vontade de trabalhar em agile?
Temos vagas sempre por aqui. Clique e conheça todas _