Deixem que eu me apresente: mineirinha de Itabira morando desde os 2 anos de idade em Belo Horizonte, sem nunca abandonar as raízes interioranas. Tenho mais de 20 anos de experiência em TI, ou melhor, quase 30! Sou apaixonada por pessoas e quando descobri a agilidade percebi que não estava aprendendo uma metodologia ou um framework, mas uma maneira de viver.
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Em 2019, me vi desempregada.
Mulher, com larga experiência em liderança, já passando dos 50 anos de idade.
Pensei: tô perdida.
Aí, imediatamente me lembrei: mas eu não trouxe agilidade para a vida? Bora lá…
Era o momento de me adaptar e seguir.
Mergulhei nos estudos e fui amparada por alguns profissionais competentíssimos. Anjos que Deus colocou no meu caminho numa formação em Design Organizacional que vieram consolidar minha visão de mundo, de empresa, de pessoas e em 4 meses estava recolocada no mercado.
Aquela demissão de 2019 foi uma virada de vida. Foi fácil? Não. Foi, talvez, o momento mais desafiador e rico da minha vida. Cresci como profissional e como pessoa e tudo estava caminhando bem, entrando nos trilhos (com diz uma boa mineirinha) quando veio a pandemia.
E lá fomos nós novamente a uma adaptação “forçada”. Todos trabalhando de casa, o nosso home office. E disso nem preciso falar muito, pois todos passamos juntos essa fase. E não é que em meio a tudo aquilo começaram a surgir propostas de trabalho? Uma delas me interessou e resolvi apostar. Preciso confessar que a experiência que já tinha adquirido no home office ajudou a me encorajar. A empresa também apostou em mim e aqui estou eu. Na Invillia!!! Uma empresa de onde já carrego comigo amigos (isso mesmo, AMIGOS que ainda não abracei) e um time que adoro.
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Gente, como eu poderia imaginar, lá na faculdade de TI, que a minha profissão me daria tanta liberdade e tanta oportunidade de convívio familiar? Hoje, realmente podemos trabalhar de qualquer lugar do mundo, até de casa {não é mesmo?}_
Moro com minha mãe, em BH. Ela, uma aposentada guerreira e saudável que não aparenta seus 80 anos e eu, atualmente como Agile Leader na Invillia. O trabalho remoto nos permite passar mais tempo juntas e me dá mais tranquilidade (coisa de filha única que perdeu o pai jovem). É saber que estou por perto para qualquer necessidade que ela tenha, ter a oportunidade de almoçar “comida de mãe”, assistir juntas a tv ou colocar algumas pecinhas num quebra cabeça que iniciamos a montagem no final de semana (vício de infância que sigo trazendo comigo). Ah, e como se isso não fosse o suficiente, podemos viajar mesmo não sendo férias.
Isso mesmo: eu não viajo mais a trabalho.
Estou curtindo minha primeira experiência de viajar com o trabalho.
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Nesse momento, escrevo esse texto enquanto olho a vista através das grandes janelas de um sobradinho que fica em Gramado. Passamos por Porto Alegre numa breve estadia e viemos para cá comemorar o meu aniversário. E que aniversário gostoso! O dia foi super diferente: passeamos muito e curtimos o dia juntas aqui nessa cidade que tanto amamos e que já viemos outras vezes de férias.
Dessa vez está sendo diferente, algo como morar 20 dias em outra casa.
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Trabalho durante o dia e tenho a liberdade para passearmos juntas nos finais de semana e nas noites menos frias (quando o frio está de “congelar até pinguim” pedimos algo para comer em casa acompanhado de um vinho ou um chocolate quente).
Essa é minha primeira experiência de viajar com o trabalho e tem sido maravilhosa. E como surgiu essa ideia? Nem eu sei ao certo. Talvez de uma brincadeira quando propus para minha mãe nos mudarmos para Gramado e ela riu. Disse que não queria mudar nunca mais, que gosta do nosso “cantinho” e quer viver lá para sempre. Aí pensei: mas não precisamos mudar. Podemos morar um pouquinho lá, outro pouquinho em outro lugar.
E aqui estamos nós na última semana dos nossos 20 dias como gramadenses. Aqui, fizemos supermercado, compras pela internet dando “nosso” endereço, recebi presente do time Sparta pelo correio, saímos a pé e até alugamos um carro para ficar mais fácil passear. Querem saber de uma coisa? Eu já estou com vontade de repetir a experiência.
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Qual será o próximo destino? Ainda não sei. Talvez Itabira, nossa terra natal onde moram tios, primos e afilhados. E depois? Talvez em algum lugar que a gente ainda não conheça. O mundo é o limite!
Por Ana Carla
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