Na Invillia, toda quarta-feira, ao meio dia, paramos uma hora para nos nutrir com as dicas, how-tos, boas práticas e tendências selecionadas por nossos especialistas em Product, Agile, Back e Front, Mobile, Quality, Security e Data. Uma troca de experiência vital para quem adora o novo. E essencial para que a inovação nunca pare. Se tecnologia está no sangue. A gente faz questão de deixá-la circulando cada vez mais_
NA VEIA_ Um novo olhar sobre a liderança_
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No artigo de hoje, deixamos os principais aprendizados da edição sobre Management 3.0, apresentada por Rafaela G. Sampaio, líder na Invillia.
Auto-conhecimento: “Seja a mudança que você quer ver no mundo”
Essa frase de Gandhi diz muito sobre Management 3.0. Começar por nós. Refletir sobre os passos que podemos dar para sermos melhores a cada dia. A melhor versão de nós mesmos e para nós mesmos. Não para tentarmos mudar as outras pessoas. Mas para sermos uma boa influência. Sermos agentes de transformação.
Porquê Management 3.0? As pessoas no centro
O livro “Management 3.0: Leading Agile Developers, Developing Agile Leaders”, do holandês Jurgen Appelo, foi um grande marco e evolução na forma como o mundo enxerga o conceito de gestão em contextos organizacionais.
Management 1.0
– Focado em hierarquia
– Trabalhadores eram apenas executores
– Empresas mais rígidas
– Focado na eficiência ao invés da eficácia
É um momento fabril e centralizado na produtividade. As pessoas executam trabalhos muito delimitados, repetitivos, de comando e controlo no sentido de serem realmente monitoradas. Os gestores não pensam em cuidar delas e sim no quanto produzem, e trocam-nas como peças de máquina. É o modelo da revolução industrial, mas ainda encontramos alguns pontos hoje em dia.
Management 2.0
– Começaram a perceber que as pessoas eram o ativo mais importante da organização, porém o discurso não condizia com o comportamento
– Cadeira do chefe é melhor, o chefe tem uma vaga melhor no estacionamento
– Nascem os “recursos humanos”
Aqui o gestor está no centro, é o pop-star, tudo tem que passar por ele e é apenas ele que é capacitado. As pessoas começam a ter a percepção que para serem reconhecidas e respeitadas precisam virar gestoras. O que faz perder bons técnicos. Nasce também a nomenclatura de “recursos” para pessoas. Mas pessoas não são recursos! Pessoas são pessoas. É o modelo da década de 80 para 90, mas ainda encontramos alguns pontos hoje em dia.
Management 3.0
– Busca valorizar pessoas e times
– Objetivo é criar um ambiente onde todo mundo é responsável pelo sucesso do negócio
– Focado em empoderar times
– Gestor é um facilitador
Ao contrário das duas primeiras “versões”, aqui valoriza-se as pessoas e os times. Porque é muito importante conhecer quem trabalha conosco. Essa singularidade e diversidade faz toda a diferença. Quando se fala de agilidade, fala-se muito em senso de dono e times auto-organizáveis. Mas para isso é preciso orientar e criar um ambiente para as pessoas se sentirem seguras. Onde todo mundo é responsável pela decisão e o gestor passa a ser alguém que tira as pedras do meio do caminho, que cuida das pessoas e que tenta melhorar o ambiente de trabalho para que as pessoas fluam, tenham liberdade, maestria, propósito e autonomia.
Management 3.0 não é um framework
É um mindset, combinado com uma coleção de jogos, ferramentas e práticas em constante evolução, para ajudar a qualquer profissional a gerenciar a organização. É uma jornada, não é uma virada de chave, não é uma revolução. É um caminho para enxergar os sistemas de trabalho.
Se o Management 3.0 fosse um framework seria tudo engessado e o intuito é entender quais as dinâmicas que melhor se encaixam e empoderam as pessoas em cada contexto. O Management 3.0 não criou nada novo. Mas conseguiu instrumentalizar uma série de teorias para simplificar a sua colocação em prática.
A principal atividade que resta aos gestores é cultivar e nutrir todo o sistema
O gestor passa a ser visto como um jardineiro. Ele tem que criar as condições para o jardim dele florescer. Sabendo que cada planta tem o seu jeito, a sua particularidade. Não se cuida de um cacto da mesma forma de uma margarida.
Como diz Jurgen Appelo, “A gestão é importante demais para ser deixada apenas para os gerentes.” Todos começam a fazer parte disso. O foco do líder deixa de ser controlar a equipe e passa a ser o de apoiar e garantir que não existem bloqueios a um ambiente de confiança em que todos possam ser criativos e trabalhar efetivamente juntos. Esse é o espírito do Management 3.0.
Gerencie o sistema, não as pessoas
As pessoas não precisam ser gerenciadas. E sim cuidadas. O que devemos é gerenciar o sistema. O sistema pode ser o ambiente em que se está inserido, a organização, o time. Quais pontos precisam de melhorias para que as pessoas fluam melhor? Para que estejam realmente motivadas, engajadas e felizes?
Uma frase bem interessante do Simon Sinek fala que “Líderes não cuidam de resultados. Líderes cuidam de pessoas. E pessoas geram resultados.”
Claro que não é por trabalhar com a essência do Management 3.0 que não teremos problemas. Mas uma equipe que está muito consolidada, que tem esse espírito de estar junta, passa muito melhor pelos problemas. Passa pelos problemas como time e não individualmente.
As 6 visões do Management 3.0
Cada visão do Management 3.0 é focada em um aspeto e traz dinâmicas e ferramentas diferentes que muitas vezes se complementam:
- Energizar as pessoas – manter as pessoas ativas, criativas e motivadas.
- Empoderar as equipes – capacitar e delegar para melhorar o sistema de trabalho.
- Alinhar as restrições – auto-organizar, compartilhar recursos e dar um propósito e metas claras.
- Desenvolver as competências – investir nas skills individuais e em grupos.
- Crescer a estrutura – melhorar a comunicação e alinhamento de equipes.
- Melhorar tudo – trabalhar a melhoria contínua, experimentação e aprendizados.
Da teoria à prática
Como colocar tudo isso no dia a dia? Existem várias ferramentas e dinâmicas para materializar o Management 3.0 e que podem ser personalizadas, sempre pensando no contexto e no que faz mais sentido:
Personal Maps – Conhecemos realmente as pessoas que trabalham conosco? Mais do que interação, cria empatia entre as pessoas para quebrar o distanciamento. É uma dinâmica muito usada no recrutamento, onboading e team building.
Kudo Cards – Reconhecer comportamentos. Algo que uma pessoa tenha feito, falado, e que mudou o dia de alguém (o Good Job da Invillia é um exemplo dessa ferramenta). Também é possível aplicar no modelo remoto.
Moving Motivators – Você sabe o que motiva sua equipe? Essa dinâmica é composta por 10 cartas e a pessoa é convidada a alinhar da primeira à décima o que é mais importante para ela. É muito interessante porque tendemos a achar que as pessoas se motivam pelas mesmas coisas que nós. E não é verdade.
Além dessas três, existem muitas mais a explorar:
- Delegation Poker para a delegação
- IKIGAI para o propósito
- Happiness Door para a felicidade
- Celebration Grid para as conquistas
- Team Competency Matrix para a identificação das necessidades de formação
- Feedback Wrap para o feedback acionável, baseado na comunicação não violenta
- Niko-Niko Calendar para mapear como o time está durante o dia
Conclusão
“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana seja apenas outra alma humana”, Carl Gustav Jung.
As pessoas são realmente a parte mais importante de toda essa jornada. E é assim que vemos e aplicamos o Management 3.0 na Invillia. Nossa Global Growth Framework, engajada por dados, pessoas e ação, incorpora estas e muitas outras práticas, ferramentas e metodologias que fomos testando e aprimorando ao longo de quase 20 anos. E que nos permitem apoiar game-changers a não pararem de revolucionar seus segmentos e inovar sem limites. Vamos fazer mais juntos?
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