Como estar em tantos lugares ao mesmo tempo? Como conectar todos de uma forma única? Os segredos que fizeram da invillia um case em trabalho distribuído – cultura, processo, metodologia, ferramentas, senso de presença – foram transformados em um programa de 6 dias pela FRST Falconi. Preparado a muitas mãos, com os contributos de nossa HR star Laura Julia, e três de nossos mestres como speakers: Renato Bolzan, CEO, Sérgio Caliani, Talent and Digital Culture Director, e Saulo Esteves, Digital Workplace Technology Director.
Que se juntaram a fantásticos líderes de outras empresas, com a moderação de Sebastian Bonhomme, mentor da FRST. Compartilhamos de seguida os principais aprendizados_
Enquadramento
O que as tendências mostram é que a grande maioria das empresas apenas reagiu à nova dinâmica imposta de maneira abrupta. Atualmente todas essas mudanças estão levando a revoluções drásticas, tanto no trabalho em si quanto na força de trabalho. Agora sabemos que podemos trabalhar de qualquer lugar, que queremos ter mais tempo para balancear o nosso bem-estar pessoal e profissional, que precisamos nos conectar, colaborar, energizar.
A liderança do futuro é uma liderança mais visionária e humana. Combinando um mindset digital e inovador com uma habilidade de assumir riscos calculados, num mundo que é cada vez mais incerto e complexo. Deve estar equipada para criar um espaço acolhedor e seguro para conversas abertas. Guiar-se e envolver os outros pelo propósito, estimular a diversidade e a inclusão, fomentando também a cultura de aprendizagem contínua. Precisa cada vez mais de se engajar com as pessoas, orientar as equipes e não apenas no papel de espectador, mas acompanhá-las, mentorá-las e auxiliá-las nas suas jornadas profissionais.
Liderar na era digital
Vivemos em um cenário nunca antes visto na história. Como liderar e desenvolver competências adequadas em um momento inédito? Foi esse o mote do painel que contou com a visão de Renato Bolzan, nosso CEO e fundador_
Fundada em 2003, a Invillia tem hoje mais de 1.200 colaboradores inovando de forma 100% distribuída e conectada em mais de 250 cidades de 9 países. Mas como chegámos nesse modelo? O Renato explica:
“O que eu mais aprendi na minha vida sempre foi por necessidade, como você faz as coisas acontecerem quando precisa que elas aconteçam e não tem margem para errar. Em 2017 a companhia estava num crescimento muito forte e rápido, e a região que a gente estava não comportava aumentar o número de talentos como precisávamos e tivemos que agir. Com trabalho remoto, polos em outras cidades, e fomos aperfeiçoando até chegar no modelo que rodamos hoje e que está em permanente evolução.”
Construindo um ambiente para o desenvolvimento das pessoas, um ambiente desafiador, acolhedor, que potencialize o melhor de cada uma. As pessoas só querem permanecer onde possam fazer a diferença e o ambiente faça a diferença para elas. “É um tema que está sempre na minha mesa. E cada dia é algo novo que a gente cria, um jeito diferente que vê de tratar, uma análise que faz sobre as informações de quem está deixando a companhia e porquê está deixando, sobre quem está chegando e porquê está chegando. É um aprendizado constante”, salienta o Renato.
A diversidade dentro do time é outro ponto super valorizado na Invillia. As perspectivas trazidas por pessoas tão diferentes de tantos lugares diferentes enriquecem as jornadas de inovação e alargam horizontes, permitindo descobrir novas formas de olhar, lidar e entender algo, com abertura para ouvir, conhecer, eliminar verdades absolutas.
E por falar em inovação, como dar espaço à criatividade sem competição de egos? Para o Renato, a humildade é chave. “Colocado e trabalhado da maneira correta, você consegue ser parceiro o tempo inteiro e não um competidor. Quando entramos na casa de um cliente, entendemos a sua cultura, como ele funciona, e tentamos trazer num jeito bem tranquilo o que conseguimos aportar para fazer ele brilhar. Se a gente entra tentando brilhar junto sempre causa um problema.”
Para terminar, que mensagem para os líderes e talentos que estão dispostos a fazer diferente? Demonstrar interesse genuíno pelas pessoas, ter empatia, ser curioso, e facilitar o diálogo são aspetos fundamentais. Só é possível chegar mais longe em conjunto, tudo é feito com as pessoas e pelas pessoas.
De acordo com o Renato, “Ter sempre a mente aberta. A consciência de que por mais experiente, por mais rodado que você seja, talvez o que você aprendeu não tenha o valor que acha que tem. E estar sempre disposto a se adaptar. Uma das palavras que eu mais gosto é adaptabilidade. É isso que o mundo espera dos gestores, dos líderes, das empresas. O mundo está mudando a cada segundo, amanhã é diferente do que foi hoje. E se a gente não vê a beleza disso, não vai ter sucesso naquilo que se propõe fazer. E não ter sucesso como líderes, como gestores, implica muitas vezes atrapalhar quem está conosco. Tem uma responsabilidade maior. Se adapte, não ache que os seus bons anos, os seus cabelos brancos ou a falta de cabelos, são tudo hoje.”
Produtividade e bem-estar na nova economia
Melhorar o engajamento, potencializar a produtividade e fortalecer a cultura estão entre os maiores desafios na gestão de pessoas. Quando estamos felizes, sentimo-nos mais envolvidos e isso gera um ganha-ganha para todos. Então que oportunidades e ações tomar para o bem-estar e desenvolvimento dos colaboradores? Foi o que este painel tentou responder, com os contributos do nosso Talent and Digital Culture Director, Sérgio Caliani :-)_
Sérgio começa por referir que “Se você tem uma pessoa que não se adapta ao modelo de trabalho, a chance de ter problemas de saúde, de performance, de produtividade é enorme. Como resolvemos isso? Nós tivemos uma escolha lá atrás e isso é um ponto importante. Quando se está numa empresa que não sabe para onde vai, já tem uma primeira situação onde as pessoas, estando em casa ou num ambiente físico, começam a ter dúvidas. Então a primeira coisa que nós fizemos foi apontámos uma direção”.
A Invillia fez todas as mudanças necessárias, das práticas culturais à liderança. Ao entendimento de como cuidar de uma pessoa no digital. Como ser um digital e um humano. E a questão da porta de entrada – tem que existir um fit. É aí que começa. Depois as lideranças vão ajudar ao longo do caminho e compor a rede de apoio, que passa a ser muito mais forte, também com as pessoas especializadas do RH sempre disponíveis como as People Partners.
“O alinhamento com a liderança para nós sempre foi a ponta de tudo. Está sempre up-to-date com o que vamos fazendo. E a gente ouve, discute, tem ali um entendimento das mudanças, da cultura. Existe uma questão importante na cultura – você coloca o líder como pivot, mas ele não é o único, ele não pode simplesmente sofrer o peso de toda a estrutura. Nós hoje temos sensores onde as pessoas falam e o RH é o grande moderador nesse processo. De desenvolvimento da liderança, de acompanhamento dos feedbacks e obviamente do desenvolvimento das pessoas que estão nesses líderes”, destaca o Sérgio.
Vivemos numa era de muitas redefinições, inclusive do conceito de performance e de produtividade. Do workaholic para o smart working, trabalhar de uma forma mais inteligente. Os resultados, as entregas, o impacto do que fazemos, é como percebemos se estamos crescendo ou não. Com reconhecimento, empoderamento e autonomia. Com o bem-estar, a segurança psicológica e a saúde incorporados de maneira autêntica na cultura da empresa, na estratégia do negócio, fora das “paredes”, visível no dia a dia. A partir do momento em que as pessoas se sentem parte, a produtividade flui naturalmente.
Para concluir, o Sérgio resumiu alguns pontos relevantes, incluindo que fazer copy/paste de práticas do presencial para o digital não funciona. “Mudámos todas as nossas práticas. Parámos, desmontámos o lego e trouxemos o RH para perto. O RH sempre quis estar dentro da estratégia da empresa, e se agora estamos falando em todas essas mudanças, e as mudanças todas elas e tudo na vida passa por pessoas, quem não é de RH traga o RH junto. E quem é do RH empodere-se. O RH precisa se posicionar, porque são os especialistas em pessoas. E o último ponto, é a tecnologia. Eu não posso brigar com a tecnologia. Também não posso utilizar simplesmente a tecnologia, tenho que usar o melhor dela para acolher, permear a cultura, cuidar das pessoas.”
E foi precisamente sobre tecnologia que se debruçou o último painel :-)_
Ferramentas para o trabalho distribuído
Um dos benefícios de vivermos no período mais tecnológico da história é que podemos usá-la a nosso favor. Ferramentas digitais que ajudam a acelerar o trabalho, a reforçar o senso de estar lado a lado mesmo a quilómetros de distância, a impactar positivamente a cultura da empresa. O que levar em consideração para a sua escolha? O painel com a participação de Saulo Esteves, nosso Digital Workplace Technology Director, refletiu sobre o assunto_
“Antes da ferramenta, existe a cultura. Você pode ter qualquer ferramenta rodando, se não houver um trabalho prévio de cultura, de comunicação, de presença, certamente que vai ter uma série de fricções para que as equipes de trabalho ou área consigam performar adequadamente. Eu diria que se fosse dar duas dicas rápidas, a primeira seria a adoção de uma ferramenta única de comunicação para toda a empresa. A segunda é que essa ferramenta suporte a comunicação síncrona e assíncrona”, refere o Saulo.
No que respeita aos modelos de trabalho, não existe certo ou errado. Cada empresa é um universo único, e deve seguir o que melhor se adequa à sua realidade. Mas o cenário híbrido é o mais desafiador, porque é muito comum o colaborador que está atuando de maneira distribuída ter uma experiência de vivenciar a empresa muito diferente daquele que está no dia a dia do escritório. “Percebemos isso e entendemos que precisávamos adotar a prática anywhere. Não importa onde a pessoa está, ela tem que ter a mesma experiência. E assim ressignificámos o conceito de presença, estar presente na Invillia é estar online na nossa ferramenta primária de conexão, que é a nossa sede digital – o Instation. Um outro ponto é que a Invillia é uma empresa formada substancialmente por equipes de desenvolvimento, que trabalham muito a parte criativa, de ideação de produto, de experiência de usuário, e faz isso 100% online. Então teve o desafio de manter o mesmo padrão de criatividade, dos brainstormings e agendas que tipicamente eram feitas dentro de uma sala física, sem prejuízo para o digital. Não tínhamos a opção de baixar a régua da qualidade. Criámos uma série de templates e num ambiente digital conseguimos que todas as pessoas participem de uma forma mais democrática, mais homogénea.”
Nas áreas processuais acaba prevalecendo a comunicação mais assíncrona e nas áreas criativas existe um equilíbrio maior da comunicação assíncrona e síncrona.
E se tiver a ferramenta adequada, pelo facto de as pessoas trabalharem num ambiente digital passa a ser possível que as equipes e o colaborador façam um processo de melhoria contínua do seu quotidiano com lastro em dados. “Então por exemplo é muito interessante quando você começa a observar no seu dia a dia a fração de tempo que é dedicado a trabalho de foco, que está ali na produtividade, e a trabalho criativo, que está conversando com as pessoas e interagindo. O ambiente digital favorece muito a reflexão holística.”
De notar que a tecnologia é um meio e não um fim. Serve para suprir determinado desafio, necessidade. E viabilizar um mundo de possibilidades: “É muito libertador quando você cria uma cultura organizacional em que pode ter os melhores talentos de qualquer lugar do planeta. Na Invillia começámos há anos a desenvolver a melhor experiência de trabalhar de maneira distribuída. Envolveu erros e acertos, mas o resultado é muito gratificante.”
E assim terminou um enriquecedor programa em que tivemos o privilégio de formar parceria 🙂 Muito obrigado a todos os que construíram, participaram e compartilharam seus conhecimentos sobre aquele que acreditamos ser o futuro do trabalho, e que já é hoje uma realidade. Um trabalho sem fronteiras, com oportunidades para todos e que proporciona equilíbrio com a vida pessoal.
Aproveite para explorar a ferramenta de anywhere-workplace da Invillia galardoada pela Microsoft: o Instation. Peça uma demo e conheça o jeito mais próximo de trabalhar à distância.
E se quer usufruir dessa cultura conectada e inovar junto de talentos que dão show em game-changers onde a revolução acontece, confira nossas vagas: https://invillia.com/hellostrangers/