Fazendo uma breve avaliação pelas empresas onde trabalhei, esse tema sempre me preocupou muito.
Não em sua forma explícita leia-se “Tenho que empoderar pessoas” mas, no simples fato de fazer com que as pessoas sejam parte do processo de decisão o que não deve ser tomado como *‘deus ex machina’ porém, acredito que há benefícios reais e tangíveis para o trabalho que envolve pessoas engajadas e os resultados são perceptíveis a curto prazo mas, o que entendo como essencial e primordial é fazer algo que acreditamos e amamos.
Esta é minha premissa, me transformo em uma pessoa melhor executando aquilo em que acredito o que não significa que não existam dúvidas, elas existem e, no meu caso, a principal é estar seguro de que consigo organizar meus pensamentos motivado por essa perspectiva, mas, como comunicar isso aos demais?
Esse é o desafio! Como fazer com que os outros vejam a beleza de empreender e criar soluções melhores não apenas para si mas para outras pessoas? — num âmbito mais geral, uma forma mais eficiente de organizar pensamentos e sentir uma parte do todo.
Um de meus primeiros pensamentos foi “Será que as pessoas estão no mesmo momento que eu? ”, precisava dessa resposta para planejar meu próximo passo o de como fazer que isso acontecesse. Conversando com algumas pessoas da área de RH e explicando meus objetivos, fui aconselhado a fazer um teste de perfil — há inúmeros muito interessantes disponíveis na rede e, se for de seu interesse, posso ajudar a identificar os melhores.
O objetivo não era somente saber o momento, mas também saber como motivar e engajar a todos na jornada do autoconhecimento. A aderência foi interessante e, aparentemente, o público gostou muito, mas a importância de saber o momento das pessoas me diz o quanto estão abertas a novas possibilidades e isso é importante para que um processo ou método funcionem. Com os perfis mapeados poderia dar o próximo passo e identificar qual seria o método mais eficaz para minha necessidade.
Existem inúmeros métodos e técnicas e, pesquisando, tudo vale no contexto que está inserido. Por minha atuação em produtos digitais acabei por encontrar um que atenderia minhas necessidades de comunicação as quais falam das interfaces de produto como um todo. A técnica utilizada é a das 7 dimensões de produto e, basicamente, tem o objetivo de facilitar o levantamento de informações fundamentais para criação de um produto e/ou “Feature” (funcionalidade) analisando-os em 7 aspectos diferentes.
- Atores
- Interfaces
- Ações
- Dados
- Regra de Negócio
- Ambiente
- Qualidade
Agora, o que podemos chamar de ‘cereja do bolo’, a análise desses 7 aspectos precisa ser feita de modo colaborativo e envolvendo todas as pessoas que participem dos processos para que quaisquer dúvidas sejam sanadas ou, levantar questões adicionais para validação. Nessa avaliação, percorreremos todas as partes de concepção, ou seja, as pessoas saberão desde quem vai usar o produto, por que vai usar e qual é o valor do negócio para empresa assim como para o cliente.
Será parte de todo o processo, resumindo em uma palavra, saber o ‘POR QUE?’ isso será feito. A execução da técnica na primeira vez demorará um pouco pois haverá a falta de familiaridade das pessoas envolvidas, mas nas próximas vezes, será muito mais produtivo e as próprias pessoas irão se apoderar da técnica e de seus benefícios.
* ‘deus ex machina’: Na Antiguidade greco-latina, recurso dramatúrgico que consistia originariamente na descida em cena de um deus cuja missão era dar uma solução arbitrária a um impasse vivido pelos personagens.
Escrito por José Carlos S. de Souza Agilista na Invillia e revisado por Alexandre Willer Mello.