A convidada do nosso “A Life in My Day” é a Graziele, tech recruiter que realizou o sonho de unir a {inovação à vida nômade} em diversos cantos do país. Gostou? Leia e inspire-se_
Talvez você já tenha recebido uma mensagem minha dizendo: “olá, eu sou a Grazi da Invillia/time de Hunters”. Então, deixa eu me apresentar direito: eu sou a Grazi, uma araraquarense de 28 anos, tech recruiter, apelidada pelo meu time como </ Dora Aventureira > e vou contar o porquê.
Minha jornada se iniciou em 2013, quando comecei a estudar pedagogia na Unesp. Sim, você não leu errado. Sempre amei a área de gestão e era isso que queria seguir. Na graduação, tive meu primeiro contato com RH e foi amor à primeira vista. Ao final da graduação, comecei a prestar processos seletivos e todos pediam inglês avançado. Como não tinha, resolvi fazer a maior loucura da minha vida: pegar um avião sozinha e ir aprender inglês do outro lado do mundo.
Ir para a Austrália uniu também uma grande paixão que é viajar. Peguei minha mochila e fui passar os momentos mais emocionantes e de aprendizagem da minha vida. Aterrizei primeiramente em Gold Coast e depois decidi me aventurar em Sydney, já percebeu que adoro aventuras né? 😉
Lá pude conhecer os lugares mais incríveis como Perth, a cidade mais isolada do mundo; mergulhar na maior barreira de corais do planeta em Cairns; visitar Uluru e passar uma noite em um saco de dormir no meio do deserto; assistir à virada do ano na Harbour Bridge, aquela ponte que todo ano assistimos pela TV; conhecer a Opera House; visitar a Tasmânia </ e claro o Diabo-da-tasmânia >; percorrer a Great Ocean Road e de fato fazer meu primeiro mochilão sozinha.
Em 2019, decidi retornar ao Brasil e aí começa minha jornada no mundo da tecnologia. Iniciei como recruiter em uma tech e a única coisa que sabia da área era o que significava TI. Fui aprendendo, e não tem como não se apaixonar por esse meio. Lembro (lá no início) de uma vaga de Java que eu tinha que recrutar. Separei vários perfis de JavaScript e aí a vida me ensinou que elas não são as mesmas coisas.
Em meio à minha evolução profissional, sempre tive um grande sonho: virar nômade. E foi quando entrei na Invillia que o desejo se tornou realidade. Em dezembro de 2021 iniciei meu percurso por Florianópolis/SC. A partir daí, passei por Curitiba/PR, Foz do Iguaçu/PR, Vitória/ES, Guarapari/ES, Arraia Do Cabo/RJ e Blumenau/SC.
Por mais que viajo sozinha, quase nunca estou realmente </ sola >. Acabo conhecendo muita gente no caminho. Normalmente fico em AirBnBs ou hostels (e pode ter certeza de que se você ficar nesse último conhecerá muita gente)!
Para mim, é superimportante manter uma rotina de trabalho durante toda a semana: consigo conciliar o lazer no início da manhã, à noite e principalmente aos finais de semana. Por isso, acabo ficando muito mais tempo nos lugares </ pelo menos 15 dias >.
Ter a oportunidade de trabalhar de qualquer lugar me traz um sentimento de liberdade, confiança e pertencimento. Saber que posso conciliar esse projeto ao trabalho dos meus sonhos me faz uma mulher e profissional realizada.
Muitas pessoas acreditam que a vida de nômade no Instagram é perfeita, porém não se engane, viver viajando não é uma vida para todos </ e está tudo bem >. Um bom exemplo foi aprender que cuidar da saúde mental vai muito além de ficar visitando lugares por aí. Nada substitui o auxílio de um profissional nesse momento.
Bom, agora você deve estar perguntando: como eu escolho os destinos?
Simples, abro o maps, seleciono um lugar e pronto: aí vou eu.
Eu planejo minhas aventuras por blocos, cada um com a duração de cerca de 5 meses. Isso me ajuda a organizar tudo antes. Acabo planejando os lugares que quero visitar nesse período e, aos poucos, vou colocando em prática. Caso minha locomoção entre as cidades seja de avião, me organizo com antecedência. Mas caso seja terrestre, deixo para comprar minhas passagens na semana mesmo </ vai que eu resolva mudar! >. Isso acaba me dando um sentimento de liberdade, pois nada impede de ficar mais alguns dias no lugar ou até menos, caso eu queira.
Já conheci 8 estados (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espirito Santo, Paraná, Santa Catarina, Distrito Federal, Ceará). Essa semana, estou aterrissando em mais um novo estado e agora tenho uma nova meta: conhecer todos os estados do Brasil antes dos meus 30 anos. Se você tiver sugestões de lugares, vou amar saber!
Ser mulher e viajar sem companhia por um país que tem altos índices de feminicídio acaba sendo um ato de empoderamento e coragem. Já passei por experiências incríveis, mas também por situações difíceis também, como um caso de assédio. O processo de viajar sozinha é muito mais sobre uma jornada interna extremamente intensa, do que os lugares aonde eu vou. É estar em autoconhecimento constante. Viver isso como mulher me faz entender que esse é meu espaço também!
Estou neste momento em um ônibus indo do Rio de Janeiro para Paraty/RJ e escrevendo este texto. E, nessa semana, irei para Bahia. A vida na Invillia é isso. Não preciso abrir mão do meu sonho para trabalhar aqui, muito pelo contrário, a empresa caminha ao meu lado na realização dele.
Ah, e como uma boa tech recruiter, se você está lendo este texto e não faz parte da Invillia ainda, vem que estamos ansiosos para realizar seu sonho também!