De como o Design Thinking pode ajudar a resolver os problemas organizacionais
Uma das responsabilidades de um líder organizacional, é ser capaz de identificar os problemas que as pessoas estão lutando diariamente, e deixar esse ambiente o mais harmonioso e fluído possível. Esse é um trabalho que as vezes falhamos, pela dificuldade em identificar as necessidades a nossa volta.
Parece bastante simples, certo? Basta descobrir quais são essas necessidades que precisam ser supridas e resolvê-las. Mas uma lição recente que tive é que não é tão simples, e se fosse, todos estariam executando com maestria. Mas poucas pessoas estão fazendo.
Por que não sabemos o que acontece dentro da própria organização?
Exige energia e dedicação encontrar as causas originais de um problema, ou identificar as necessidades mais latentes das pessoas (não os desejos, reforçando, as necessidades).
Refletindo sobre como já lidei com algumas situações, percebo que em alguns momentos simplesmente usei algum analgésico para acabar com aquela dor, e depois ele voltou a acontecer, e ainda mais forte.
Além de como lidamos com nossas próprias necessidades e as alheias em uma organização, tem outra habilidade que também pode ser útil, que é a capacidade de antecipar essas necessidades desarticuladas de um sistema.
Como podemos resolver um problema para nossos colaboradores, de tal maneira que eles nem saibam que o problema existe até que apareçamos com a solução?
O Design Thinking é uma ferramenta essencial para humanizar e simplificar problemas do dia a dia, porém ocultos.
Eu poderia listar uma dúzia de outros tipos de complexidade que as empresas e suas lideranças enfrentam todos os dias. Mas eis o que todos eles têm em comum: as pessoas precisam de ajuda para entendê-las. Especificamente, as pessoas precisam que suas interações com tecnologias e outros sistemas complexos sejam simples, intuitivas e prazerosas.
Essa abordagem busca atender as necessidades das pessoas por meio da solução de problemas, onde as pessoas são colocadas no centro.
O Design Thinking como um processo, possui 6 fases distintas de execução. Essas fases são — bem resumidamente:
- Empatizar — Conduzir pesquisas para desenvolver um entendimento profundo sobre seus usuários, lê se também colaboradores, liderados.
- Definir — Combinar todas as suas pesquisas e observar onde os problemas dos usuários estão.
- Idealizar — Gerar uma lista louca de ideias.
- Prototipar — Construir uma representação real para algumas das ideias.
- Testar — Voltar a conversar com os usuários para coletar feedback.
- Implementar — Colocar para rodar uma versão mais robusta da ideia original.
Um foco organizacional no design oferece oportunidades únicas para humanizar a tecnologia e resolver problemas que são emocionalmente ressonantes com colaboradores. Adotar essa perspectiva não é fácil. Mas isso ajuda a criar um local de trabalho onde as pessoas querem estar, que responde rapidamente às mudanças na dinâmica dos negócios e capacita colaboradores individualmente. E como o design é empático, é necessário uma abordagem mais humana e ponderada na hora de olhar para novos negócios e produtos.
Dependendo da época que estamos, os modelos de negócios oscilam como pêndulos, entre uma abordagem orientada ao processo e uma abordagem humana, e o Design Thinking representa muito bem esse equilíbrio. Ele é feito para resolver problemas técnicos complexos, no entanto também satisfaz a natureza atemporal da humanidade.
No final do dia, se estamos falando dos colaboradores ou clientes, a única coisa que todos têm em comum é que são pessoas que procuram soluções para seus problemas.
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- Por Talilane De Grandi, Agile Master na Invillia.